Instituição financeira afirma que valor das baterias pode diminuir 40% e equiparar preços de carros elétricos e a combustão em breve
A queda nos preços de matérias-primas deve reduzir em 40% o preço das baterias de carros elétricos até 2025, afirma um estudo do banco de investimentos Goldman Sachs. Isso será fundamental para um aumento significativo da aceitação global de modelos que rodam apenas com energia elétrica.
“A redução nos custos com a bateria pode resultar em veículos elétricos com preços mais competitivos, uma aceitação mais ampla pelos consumidores e um crescimento maior em mercados onde esses carros estão disponíveis”, afirmou Nikhil Bhandari, um dos chefes da equipe de pesquisa da instituição financeira.
A expectativa é de que os preços das baterias caiam, em média, 11% a cada ano entre 2023 e 2030. Até 2025, por exemplo, o mercado de elétricos pode alcançar a paridade de valores com modelos movidos a combustão. E isso mesmo sem incentivos para a compra.
Metais que compõem as baterias mais baratos
De acordo com estimativa de analistas, os preços ficarão mais razoáveis por conta da redução nos valores de lítio, níquel e cobalto. Esses metais são fundamentais na produção de baterias. No início deste ano, a Goldman Sachs previu que essa movimentação aconteceria com a descoberta de novas minas e por conta da queda nas vendas de carros elétricos na China. Outro fator que contribui para esse cenário são as novas tecnologias de fabricação das baterias, com processos em cadeia mais simples e baratos.
Além disso, a instituição diz que o custo do Quilowatt-hora (kWh) de capacidade da bateria deve cair em torno de 40%. O valor em 2022 era de US$ 155, mas a expectativa é de que chegue a US$ 99 em 2025. Isso implicaria, segundo os estudos, em um aumento do interesse da população por modelos elétricos. Dessa forma, a abrangência do segmento pode chegar a 63% do mercado total de veículos até 2040.
De acordo com Bhandari, a China deve liderar esse aumento na adoção de carros elétricos, como já vem acontecendo hoje. Isso porque os modelos movidos a eletricidade são subsidiados e têm preços mais competitivos no país quando comparados a equivalentes na Europa ou nos EUA. Contudo, a queda nos preços das baterias pode equilibrar esse cenário no futuro.