A Great Wall Motors definirá até o final de julho a sua rede de concessionários no país, por meio da qual iniciará operação comercial de modelos importados das marcas subsidiárias Haval, Tank e Poer. Por ora, cerca de cem grupos econômicos pleiteiam a concessão da marca. Desses, a montadora pretende nomear por volta de trinta.

O planejamento comercial da empresa envolve o estabelecimento de 130 pontos de vendas em 112 cidades até o segundo semestre do ano que vem. Nos últimos meses, marcados pela seleção desses grupos de investidores, a companhia verificou forte interesse de concessionários multimarcas com os mais variados perfis de investimento.

“Estamos falando com todos, independentemente do tamanho. Até o final de julho vamos definir os dealers com a certeza de que ouvimos as propostas de todos os interessados”, disse em off uma fonte ligada à montadora. “Alguns pretendem dar um maior enfoque à GWM no ponto de venda, outros até já reservaram áreas comerciais desde janeiro.”

Enquanto a equipe de vendas segue na avaliação dos futuros concessionários, em paralelo, pela área de desenvolvimento de produto, ocorrem os testes de rodagem de alguns modelos. Ainda segundo a fonte, estão no país dez unidades de veículos GWM.

Testes de powertrain

Alguns dos carros em teste no Brasil serão vendidos localmente, já outros servem de plataforma de testes de powertrains que poderão ser aplicados na oferta nacional da montadora em algum momento. Neste caso, os veículos desembarcaram aqui, vindos da China, já com instrumentos de medição acoplados em suas estruturas.

O primeiro veículo Great Wall a chegar ao consumidor brasileiro será importado, com oferta prevista para o quarto trimestre de 2022. Já o modelo nacional da marca, produzido em Iracemápolis (SP), será vendido no país no segundo semestre de 2023. Nos próximos três anos, a empresa planeja oferecer aqui um total de 10 modelos.

Iracemápolis será a maior base de produção da companhia fora da China. A empresa irá investir na unidade R$ 10 bilhões por período indeterminado, sendo que R$ 4 bilhões do total serão aplicados no triênio que vai de 2023 a 2025 em melhorias na fábrica e nacionalização de veículos.

A meta da montadora na região é de obter um faturamento de R$ 30 bilhões até 2025, juntamente com um índice de 60% de nacionalização dos veículos produzidos aqui no mesmo período.