Marcas da China vão pagar 100% de alíquota já a partir de 2024
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aumentou os impostos sobre os carros elétricos chineses.
A partir de 2024, a alíquota será quadruplicada, passando de 25% para 100%.
Além de não derrubar as tarifas impostas por seu antecessor Donald Trump, Biden elevou o imposto a ser pago em algumas categorias de produtos.
O reajuste varia de acordo com o tipo de produto e contempla uma série de mercadorias fabricadas na China.
Veja abaixo as categorias de produtos incluídas e as novas alíquotas com vigência imediata:
- Carros elétricos: de 25% para 100%
- Semicondutores: de 25% para 50%
- Baterias de íon-lítio e peças de baterias: de 7,5% para 25% (baterias de íon-lítio que não equipam carros pagarão o mesmo imposto a partir de 2026)
- Painéis solares: de 25% para 50%
- Minerais como aço e alumínio: de 0 ou 7,5% para 25%
EUA alega ‘risco inaceitável’ à economia
A estimativa é que as novas medidas impactem até US$ 18 bilhões em mercadorias importadas da China.
Segundo a Casa Branca, o reajuste foi realizado por “riscos inaceitáveis” à economia dos Estados Unidos. Assim como nos maiores países do mundo, o mercado norte-americano foi invadido por uma enxurrada de fabricantes chinesas em diversas categorias, inclusive automóveis.
Em 2023, os EUA importaram US$ 427 bilhões em mercadorias da China e exportaram US$ 148 bilhões para a segunda maior economia do planeta, segundo o U.S. Census Bureau. Essa disparidade existente há décadas deve se tornar ainda maior com as novas alíquotas.
Katherine Tai, representante da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, afirmou que as novas tarifas se justificam pela insistência chinesa em seguir roubando a propriedade intelectual dos EUA (leia-se copiar produtos) e, em alguns casos, pela adoção de uma postura “mais agressiva” em ataques cibernéticos com foco na tecnologia norte-americana.